Pesquisa clínica, impacto logístico
- Fabio Gossi
- 5 de mai.
- 4 min de leitura

Resumo
Já faz um tempo que a Bloomberg publicou uma reportagem com um daqueles títulos que te fazem reler pra ter certeza: “Efeito Ozempic pode levar a economia de US$ 80 mi a companhias aéreas, diz Jefferies”. A explicação? O remédio, usado no tratamento de diabetes e obesidade, levou à perda de peso em milhões de pessoas. Aviões mais leves, menos combustível.
Sim, uma solução clínica afetando planilhas da aviação comercial. E não porque alguém planejou isso — mas porque a realidade é feita de conexões inesperadas. Esse não é só um bom case. É um convite para olhar além do óbvio e praticar algo cada vez mais essencial: pensar transversalmente.
Esse não é só um bom exemplo. É um convite pra enxergar além do óbvio e exercitar algo cada vez mais importante: pensar transversalmente. Esse é o assunto do Paradoxo de hoje. Continue lendo!
Eu sinto que
🎯 Nem sempre quem causa entende o efeito
Quando alguém cria algo — um remédio, uma pesquisa ou uma lei — o objetivo está claro. Mas o impacto? Esse pega caminhos que ninguém imagina. O caso do Ozempic explica bem.
O efeito mais conhecido desse medicamento, o controle do diabetes e a perda de peso, virou motivo para economias em combustível na aviação. Ninguém previu isso. Parece uma pedrinha lançada num lago que forma ondas em outro país. É o chamado efeito halo.
Soft skill: pensamento sistêmico
Essa habilidade ajuda a enxergar além da ação direta. É perceber como coisas distantes acabam se conectando. Cada escolha, por menor que pareça, pode transformar sistemas inteiros. Quem desenvolve esse olhar trabalha o presente pensando no futuro.
💡 Pequenas idéias, grandes efeitos
Muita gente acredita que uma inovação só importa quando causa impacto dentro do próprio mercado. Mas o que acontece quando ela escapa desse espaço?
Quando uma informação vinda da saúde pública muda as contas de empresas aéreas, fica claro: toda solução pode atravessar fronteiras. O que falta, muitas vezes, é alguém com coragem para olhar além da planilha.
Soft skill: visão ampliada de contexto
Essa habilidade ajuda a perceber ligações que ninguém esperava. Quem desenvolve esse olhar enxerga conexões escondidas, amplia o repertório e transforma limites em atalhos criativos.
Like a pro
🔄 Transversalidade não é moda, é ferramenta
Você já deve ter ouvido bastante sobre quebrar silos, mas, no dia a dia, ainda pensamos em caixinhas. Quem trabalha com marketing conversa só com marketing. Quem atua com logística segue nessa bolha.
Quem está na saúde faz o mesmo. Só que o mundo nunca operou desse jeito. A inovação acontece quando áreas diferentes se encontram e trocam aprendizados.
Soft skill: fluência interdisciplinar
Essa competência abre portas para circular entre setores, traduzir termos técnicos e conectar referências variadas. É ela que transforma um grupo diverso em um time que colabora de verdade, não apenas no papel.
🕰️ Nem tudo precisa ser útil agora
É fácil deixar uma ideia de lado quando o retorno não aparece de imediato. Mas o caso do Ozempic mostra outra coisa: um efeito que parecia pequeno acabou ganhando destaque em um mercado diferente.
O valor de uma solução nem sempre está onde esperamos, nem acontece no tempo que imaginamos. O segredo é parar de buscar só o que parece óbvio.
Soft skill: Paciência
Essa habilidade permite dar espaço para que as ideias cresçam. É saber esperar o momento certo para que conexões surjam. Paciência criativa não é sobre ter fé no escuro, mas confiar que pensar com calma continua sendo um bom caminho.
❓ Perguntas improváveis mudam o jogo
Ninguém pensou que um remédio para diabetes pudesse mexer com a aviação. Mas alguém, em algum momento, perguntou: “Se tanta gente está perdendo peso, o que mais isso pode impactar?”.
E, assim, começou um jeito diferente de pensar. Conexões novas sempre nascem de perguntas que parecem malucas. Justamente por isso, elas precisam ser feitas.

Soft skill: curiosidade estruturada
Essa habilidade não é perguntar qualquer coisa. É buscar aquela pergunta que tira uma ideia da rota comum. É misturar o olhar de cientista com o de filósofo. É provocar conexões com intenção e abrir espaço para o novo acontecer.
Para encerrar
🔍 Transversalidade se provoca, não vem sozinha
Entender o valor das conexões é ótimo. Mas como encaixar isso na rotina quando tudo parece urgente? Transversalidade pode parecer distante, mas começa com pequenas mudanças de olhar. Dá pra incluir esse exercício no dia a dia, sim.
Três formas simples de expandir o pensamento:
Mapeie outros pontos de contato: toda funcionalidade afeta mais do que o usuário final. Pergunte: quem mais sente esse impacto, mesmo de longe?
Imagine efeitos colaterais: ao planejar um lançamento, crie cenários extremos. E se viralizar? E se alguém entender tudo errado? E se um público inesperado abraçar a ideia?
Traga olhares externos: peça para alguém de outra área dar uma olhada no projeto. Pergunte: o que você percebe aqui que eu talvez não esteja enxergando?
Soft skill: mentalidade exploradora
Essa prática busca sentido fora do caminho principal. Quem tem esse olhar não se contenta só com a entrega certa. Quer entender onde mais aquilo pode causar algum impacto.
Este não é um texto sobre o Ozempic. É sobre tudo que a gente deixa passar quando olha só para o centro da ideia. Inovação não está só em criar o novo. Também mora em aprender a rastrear o inesperado. A boa ideia resolve o que se propôs. A brilhante transforma o que ninguém previu.
A Paradoxo de hoje te levou pra onde?
Próxima edição: vamos explorar mais sobre…

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Equipe Conversa Colab




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