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Padrão ou tendência

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Resumo

É tipo ver três colegas usando bege e gritar “volta da monocromia!”.

Spoiler: pode ser só sexta-feira e a galera cansou de pensar no look.

Hoje é dia de falar sobre isso.


A diferença entre o que se repete e o que aponta pra frente


Padrão é aquilo que aparece com frequência.

Tendência é aquilo que aponta direção.


Um padrão pode ser só teimosia coletiva.

Uma tendência, quando bem lida, é sinal de mudança no ar.


O problema? A gente vive confundindo os dois.

Vê um comportamento repetido e já acha que precisa mudar tudo.

Ou pior: ignora sinais novos achando que é só modinha passageira — e aí quando vê, tá respondendo e-mail com IA enquanto o resto do time já virou prompt designer.


Soft skill: leitura contextual avançada 

É a capacidade de perceber o que está estabilizado, o que está emergindo e o que é só barulho bem editado.


A função da análise: sair do dado e chegar na pergunta certa


Dado é o número nu e cru. “300 pessoas clicaram nesse botão.”

Informação é o dado com um quê de contexto. “300 pessoas clicaram nesse botão porque ele é vermelho e está piscando que nem enxaqueca.” 


Mas ainda não basta.


A diferença entre quem analisa e quem só coleta é a de sabe fazer pergunta.  Não é: “Quantas pessoas clicaram?” 


É: “Por que clicaram? E o que isso diz sobre o que elas estão buscando?”


Soft skill: pensamento analítico com propósito

Não é saber ler gráficos — é saber o que perguntar olhando pra eles.


Dados são frios. Tendências têm temperatura. 


Uma pesquisa da Harvard Business Review analisou o erro comum de confundir sinais com certezas.


A maioria das empresas que falham em inovação faz isso por um motivo simples: apostam no que se repete, não no que se revela.


Ou seja: você olha pra trás e tenta prever o futuro.


Mas tendência não aparece no retrovisor. Ela aparece no canto da sua visão periférica — meio tímida, meio estranha, meio “será que é isso?”


E aí, quem tem coragem de olhar com curiosidade, vê antes.


Quem espera o PowerPoint final… chega atrasado com a melhor planilha sobre o passado.


Soft skill: escuta exploratória 

É estar mais interessado na pergunta que ainda não foi feita do que na resposta pronta.


Eu sinto que…

A gente vive num mundo onde tudo parece dado.

Mas pouca coisa é verdadeiramente lida com atenção.


E aí vem a armadilha: você trata exceção como regra. Ou ignora o novo porque não tem histórico.


E assim, segue fazendo mais do mesmo, mas com dashboards em alta definição. Boas perguntas fazem mais pela inovação do que cem relatórios impecáveis.


Soft skill: curiosidade aplicada 

É transformar “estranho” em “e se…”, e não em “não tem nada a ver”.


No começo é sempre confuso


Identificar uma tendência de verdade exige treino, atenção e desconforto. Porque ela nunca vem com selo: “sou o futuro, aposta em mim.”


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Ela vem torta, fraca, esquisita. Vem no comentário fora de hora, no comportamento que não encaixa no gráfico, na exceção que se repete discretamente.


E sim, às vezes você vai apostar errado. Mas não apostar nunca é garantir que vai sempre chegar depois.


Soft skill: tolerância à ambiguidade 

É a paciência de conviver com o “não sei ainda” sem virar estátua de indecisão.


Like a pro

O mundo muda primeiro em silêncio.

Depois em ruído.

Depois em meme.

Depois em pauta do LinkedIn.


E se você quiser entender o que está acontecendo de verdade, vai ter que treinar o olhar não pra quem está falando mais alto — mas pra quem está fazendo diferente.


Soft skill: visão de futuro com pé no presente 

Não adianta prever o próximo passo se você não entendeu onde o chão começa.


Exemplos para inspirar

💻 No home office:

Você percebe que as reuniões estão cada vez mais silenciosas, e acha que é só cansaço. Mas começa a ver que isso tá virando padrão.

Será uma tendência de apatia coletiva?

Ou o time precisa de outro tipo de espaço pra colaborar sem a obrigação do palco?


🏢 No presencial:

Você vê três pessoas no refeitório comentando preferirem trabalhar em casa.

Você pode ignorar — ou perguntar: será que estamos tratando o presencial como retorno ou como reencontro?

Às vezes, a tendência começa no cafezinho e não no comitê de inovação.


Para encerrar

Padrões dizem onde estamos.

Tendências dizem para onde podemos ir.


Quem aprende a diferenciar ambos ganha uma vantagem silenciosa: agir antes da multidão, com menos pressa e mais precisão.


Soft skill: cultura de percepção estratégica

Equipes que treinam esse olhar tomam decisões mais conscientes, menos reativas — e mais conectadas ao tempo real do que importa.



O que achou da edição de hoje da Paradoxo?



Na próxima edição: vamos falar mais de…


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Descubra como a Conversa Colab tem ajudado profissionais e empresas a fazer perguntas melhores, reconhecer o que é sinal e o que é só ruído, e desenvolver a sensibilidade pra pensar com mais inteligência — e com menos chute.


Equipe Conversa Colab


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